Estranho isto, que me persegue,
que procuro.
Que começo por eleger distante,
tanto quanto presente, importante.
Que me guia a acção,
e que se perguntares, e é?,
te direi que não.
Mas que logo está sempre
e com todos, e como,
tanto,
como ao que se chama Deus.
Que se me afigura estar,
só quando não o encontro.
Faltar-me quando mais está,
perseguir-me e a fugir, de uma contradição,
de que tantos já tanto disseram,
dizendo-o grande, e melhor que eu.
Pois que existe e deixa de ser,
o que era ontem, para crescer,
e logo deixar de ter sido,
como o pensámos saber
- porque era ora outro que agora.
Que para tantos é tão premente,
para outros inexistente,
e sem deixar de ser o mesmo,
real ou não, presente.
Estranho isto que me persegue,
que eu procuro.
Que se me oferece em dádivas,
sem se mostrar,
e logo me despe, do que eu tiver,
para se fazer ver.
que engrandece, me agarra,
me berra de dentro, me humilha,
e me proíbe de chorar.
Como é odioso o amar.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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